A Copinha sempre tem algumas histórias que nenhuma outra competição pode proporcionar. Em 2016, por exemplo, enquanto o Juventus surpreendentemente passava em primeiro em um grupo que contava com América Mineiro, São Caetano e a então equipe haitiana do Pérolas Negras (hoje filiada à FERJ), ainda mais surpreendente foi a classificação do São Raimundo de Roraima, na sede do Nacional, na Água Branca, para ser o adversário do Juventus na segunda fase da competição.
Tão surpreendente foi que a equipe viveu a incógnita de não saber se conseguiria disputar a partida, uma vez que os dirigentes do Mundão compraram as passagens de volta da equipe exatamente para o final da primeira fase. Após alguns dias de incerteza, diante de muitas campanhas para que os clubes maiores de São Paulo bancassem o retorno dos atletas a Roraima, a prefeitura de Boa Vista pôs fim ao imbróglio, assumindo a responsabilidade do regresso de seus conterrâneos assim que a equipe fosse eliminada.
E o São Raimundo acabou sendo eliminado sem maiores dificuldades na segunda fase, diante do Juventus, na Rua Javari, após derrota por 3×0. Mas o curioso foi que, em determinado momento, ainda no primeiro tempo, um jogador do São Raimundo sofreu um choque de cabeça, abriu o supercílio e precisou colocar uma das famosas toucas de natação. Azul, na cor do time.
Mas no primeiro lance que participou depois que voltou a campo ele irritou um torcedor juventino, um senhor que estava na beira do alambrado. E este, por sua vez, fez a coisa mais normal do mundo: começou a chamar o atleta de Papai Noel. Por quê? Não sei. Qual a semelhança entre os dois? Também desconheço. Mas o rebranding é algo que tem acontecido em muitos clubes do mundo nos últimos anos. Vai ver que o Papai Noel quis entrar na dança, e foi assim que surgiu o primeiro Papai Noel azul de que se teve conhecimento no mundo.