A Copinha de 2020 foi uma grata surpresa para a cidade de Mauá. Depois de 34 anos sem receber a competição, o maior torneio de base do mundo voltava à cidade do Grande ABC, e surpreendentemente, a população da cidade comprou a ideia e lotou o estádio nas três rodadas iniciais, quando a equipe local (naquele ano somente o Mauá participou) ainda tinha chances de classificação.
Mas a estreia da equipe na história da Copinha não foi tão boa quanto se podia imaginar. O Índio estreou contra o Atlético Cearense, e diante de um estádio lotado, não viu a cor da bola. Perdeu o jogo de 3×1, e o gol de honra foi anotado pelo zagueiro Vidotto, jogador oriundo da várzea mauaense e que já tinha sido o destaque da equipe profissional no ano anterior, em cobrança de pênalti.
Mas antes disso, o atacante William Wallace (ou Wallace William, não lembro mais a ordem exata dos nomes), da equipe cearense, vinha provocando e fazendo uma ou outra firula dentro de campo, irritando o público presente, que o xingava e provocava de volta. Acontece que ele fez um dos gols do Atlético Cearense, e na comemoração mandou a torcida calar a boca. E a torcida não teve como responder.
Na verdade, ficou o ressentimento, uma vez que na última rodada, quando o Mauá precisava da vitória do CENA sobre o Atlético Cearense para jogar contra o Avaí por um empate, ainda em um estádio parcialmente vazio, se ouvia gritos pedindo para os jogadores do Nova Andradina “quebrarem” ele. Mas o atleta fez gol de novo, e provocou a torcida na vitória por 5×0 da sua equipe sobre os sul-mato-grossenses. Com o placar desse jogo, o Mauá precisaria vencer o Avaí por três gols de diferença para se classificar. Apesar do bom desempenho contra os catarinenses, o empate em 2×2 não foi suficiente, mas serviu para deixar a torcida com orgulho do time em seu primeiro ano na Copinha.