O dia em que eu me perdi na saída do Canindé

A torcida da Portuguesa é uma das mais apaixonadas pela sua equipe no país, disso todos sabemos. Mas os tempos vividos pela equipe do Canindé, desde o polêmico rebaixamento da Série A do Campeonato Brasileiro em 2013, são difíceis e deixa o seu torcedor com a sede de tempos melhores.

Esperançosa com a equipe na disputa da Copa Paulista de 2023, após boa campanha na primeira fase, a Lusa recebeu o Grêmio Prudente precisando vencer, uma vez que havia perdido o jogo de ida em Presidente Prudente.

O estádio do Canindé estava cheio, e os torcedores não mediam esforços para apoiar a Portuguesa. Mas apesar de ter saído na frente, a Lusa não conseguiu segurar o resultado, empatou a partida e acabou sendo eliminada, o que deixou o time mais um ano sem divisão nacional.

Todo o apoio da torcida no Canindé, naturalmente, acabou se transformando numa revolta, e na saída das arquibancadas uma confusão acabou se desencadeando, depois que um torcedor mais exaltado chutou uma catraca, sendo repreendido por um segurança da Portuguesa.

“A catraca não tem nada a ver com isso, nem ninguém aqui, a gente está trabalhando.”

O homem ficou ainda mais nervoso, retrucou e voltou a bater na catraca. Logo, a Polícia Militar interveio com sua truculência habitual, dispersando as pessoas que saíam do estádio, e formando um corre-corre e confusão generalizada.

Para escapar da briga, eu saí correndo pela primeira saída que encontrei do estádio, e assim que cheguei na rua, caí em mim: eu não fazia ideia de onde eu estava, nunca havia pisado naquela rua. Saí então caminhando por uma avenida, que ficava deserta a medida que eu andava, o que me fez suspeitar que eu estava no caminho oposto à Marginal. Peguei então o celular e constatei que eu estava há 1 hora a pé da estação de trem mais próxima, e o jeito foi pegar um Uber pra chegar mais rápido. E tudo devido a uma série de ações incorretas, desde a eliminação da Lusa, passando pela raiva do torcedor, mas sem ignorar a ação inadequada da polícia. Mas pelo menos eu aprendi o caminho. Agora eu nunca mais me perco.

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