A Ibrachina Arena é um estádio que me surpreendeu bastante. Pequeno, tinha toda a estrutura de uma arena de quadras de Society, desde bares até espaço para fazer churrasco, com marcações segundarias dentro do campo, uma pequena arquibancada do outro lado, e uma proximidade muito grande do gramado.
E o Ibrachina é um time muito bom, que sempre revela bons jogadores. Porém não tem muita torcida. E boa parte do público que comparece ao estádio na verdade são olheiros, ainda mais durante a Copinha de 2024, quando outra boa base do Brasil, o Vitória, também estava no estádio.
Foi durante uma partida do Vitória que eu passei o jogo todo ao lado de um olheiro italiano, que pelo que pude entender imaginava alguns dos jogadores envolvidos na partida no Milan e no Genoa. E tudo bem, era muito legal. Mas o olheiro italiano tinha um acompanhante brasiliano, che parlava più che la donna del serpente. O cara passou 90 minutos falando sem parar, em italiano, rindo de coisas que o pobre rapaz talvez nem entendesse.
Entre outras coisas, o que pude entender foi que eles planejavam uma visita à cidade de Tietê para ver um jogador ganês que estava se destacando lá (realmente, havia um atleta no Capital/DF que estava voando), e no caminho viam a possibilidade de passar em outros estádios. Também falaram sobre mulheres (ou melhor dizendo, o brasileiro falou e o italiano ouviu) e sobre outros assuntos que não pude entender bem.
Como já citei por aqui na história da chuva no Pacaembu, o Duolingo é algo que eu levo a sério e eu também cheguei a concluir o curso de italiano na plataforma. Mas diferente do espanhol, eu não havia tido a oportunidade de conversar com ninguém em italiano, e também não conversei com eles, mas pelo menos escutá-los falando foi uma experiência interessante.