O cachorro e o elenco do Nova Iguaçu

A Copinha é uma competição ímpar. Nomes curiosos, times jogando em gramados de qualidade duvidosa, em cidades aleatórias do interior e da grande São Paulo. Cachorros em campo também não são raros na competição, nem em nenhum outro lugar da América do Sul. Os caramelos amam fazer suas festas nos estádios da vida.

Outro fator preponderante da Copinha, em sua primeira fase, é que ela ocorre com os quatro times jogando no mesmo estádio, com um jogo na sequência do outro. E em estádios onde a estrutura dos vestiários não é tão boa, não é incomum ver, antes do final do primeiro jogo, os jogadores do segundo jogo se aquecendo em algum lugar do campo.

Era o caso dos jogadores do Nova Iguaçu em 2023. Enquanto Mauá x Mauaense se enfrentavam em campo, os jogadores de Nova Iguaçu e do Vila Nova se aqueciam atrás dos gols do estádio Pedro Benedetti, em Mauá. Ou eu deveria dizer que eles tentavam se aquecer?

Estando os atletas fazendo uma roda de bobinho no aquecimento, enquanto o primeiro jogo acontecia, um caramelo invadiu o campo, cruzou todo o gramado sem fazer qualquer menção de parar, saiu do outro lado, e começou a correr atrás da bola que os jogadores do Nova Iguaçu chutavam fora do campo.

Um atleta rapidamente pegou a bola na mão, e o cachorro não desistiu, começou a latir e subir no jogador pra pegar a bola. O jogador soltou a bola, e o caramelo começou a brincar sozinho no meio dos jogadores cariocas. O jogo continuou, mas o cachorro invocou com o Nova Iguaçu e não saiu dali, interrompendo o aquecimento até que um gandula foi tirá-lo de lá (em Mauá, essas coisas nunca são feitas com a devida agilidade). E mesmo após ser retirado, o doguinho queria voltar a campo, e só sossegou quando começou a chover. Naquele dia, Mauá e Mauaense empataram em 1×1, e depois o Vila Nova ganhou do Nova Iguaçu por 1×0.

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